sábado, 5 de julho de 2014

Pele

Não sei se o ar é menos denso lá, onde renasci.
Se as ruas, por serem mais apertadas,
Me trazem um conforto que não consegui encontrar em mais nenhum lugar.
Não sei se é das fachadas, que por serem velhas,
Têm tanto para me contar.
Ou então se será dos jardins
Que são mais densos, mais verdes, mais frescos.
Decerto será por causa dos segredos que neles encerram, 
Esses belos jardins.
Pelos Pedros e Inêses que lá se perderam.
Bem sei que não é local para lágrimas.
Não será do cheiro a maresia, por certo,
Nem da agitação citadina.
Meu lar,
Minha casa,
Meu coração.
Meu chão,
Meu céu.
Meu refúgio.
A ti voltarei,
Quando a vida assim o entender.
E, até lá,
Em todos os dias da minha existência.

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