quarta-feira, 2 de julho de 2014

Caminho

Quero ser o vento que me afaga a face,
O sol que me doira a pele,
A chuva de Verão que aconchega o meu peito.
Quero ser a utopia que ninguém nunca imaginou
O veneno que ninguém provou
E a vertigem que ninguém nunca sentiu.

Quero ser das músicas o tom
A melodia
E as letras.
Quero ser voz. E  silêncio também.
Mas,
Acima de tudo,
O que eu quero ser é Paz.
Verdadeira Paz.
Porque é na Paz que encontro o cheiro das flores,
O cortar do vento,
O doirar do Sol
E o aconchegar da chuva.

O tempo não passa.
Imploro-lhe que voe.
Grito-lhe que cavalgue pelos dias 
E me traga o pôr do Sol
E o calor que promete e não chega.
Enquanto isso,
Travo as batalhas que são minhas,
Os dilemas que me correm nas veias
E as dúvidas ...

Mas na Paz não se cria,
Não se vive,
Somente se sente
E só Deus sabe,
Só Ele imagina,
O quanto eu quero
Sentir somente.
Sentir.
Sentir.
Sentir. E só.

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